quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A Bola de Ouro 2013

A Bola de Ouro, prémio máximo para um jogador de futebol
Muito se tem falado, nos últimos meses, acerca da atribuição do prémio da Bola de Ouro, referente ao melhor jogador a nível mundial, de 2013. A razão é simples. Este prémio, o de maior prestigio a nível individual do futebol mundial, tem sido alvo de alguma polémica nos últimos anos, quase sempre referente à atribuição sucessiva ao argentino Messi, com o português Cristiano Ronaldo a ficar sucessivamente em segundo lugar. A verdade é que a discussão teria sempre de ser relativa a estes dois jogadores, ambos num nível estratosférico quando comparados com qualquer outro jogador actual. A atribuição ao argentino tem sido indiscutível em algumas edições do troféu mas nem sempre. Existiram edições em que Ronaldo parecia ser o favorito mas viu o prémio fugir, sempre para Messi. Isso chegou mesmo a gerar desconforto no capitão da selecção nacional, algo revelado publicamente pelo mesmo. Mas a edição de 2013 seria um pouco diferente das anteriores. 2013 não foi um grande ano para Messi. É verdade que o seu Barcelona venceu o campeonato espanhol e que o astro argentino até foi o melhor marcador do campeonato espanhol de 2012/2013 mas a Bola de Ouro não é referente a épocas futebolisticas mas sim a anos civis e, considerando apenas o ano de 2013, Messi apresentou-se a nível inferior ao que tinha habituado os fãs de futebol e viu Cristiano Ronaldo ultrapassar-lhe em praticamente todos os registos individuais. Estava visto que seria o ano de Ronaldo. Mas a discussão acabou alargado a um terceiro elemento, o francês Franck Ribery, estrela maior de um Bayern de Munique que venceu tudo o que havia para vencer, impressionando de forma particular com o seu desempenho na Champions League, prova raínha de clubes. O francês recebeu o apoio de diversas personalidades, das quais se destaca o presidente da UEFA, o também francês Michel Platini e chegou a ser visto como grande favorito, capaz de quebrar a discussão Ronaldo/Messi para o troféu. Mas a votação da Bola de Ouro não é efectuada pela UEFA nem pela FIFA. Os votos para a atribuição do prémio vêm de outro lado. Cada país filiado no organismo que gere o futebol mundial tem direito a 3 participações, cada uma distribuindo um total de 9 pontos, 5 para o primeiro classificado, 3 para o segundo e 1 para o terceiro. Essas participações são feitas pelo capitão da selecção de cada país, pelo seu seleccionador nacional e por um jornalista acreditado para o efeito. A votação foi feita, os votos foram contabilizados e a Bola de Ouro de 2013 foi atribuida a Cristiano Ronaldo, com 27,99% dos votos. Messi, com 24,72% acabou por ficar em segundo lugar e Ribery em terceiro, com 23,36%, não tendo conseguido intrometer-se na luta titânica entre os dois melhores jogadores mundiais dos últimos 7 anos. Mas um outro Tabu foi quebrado. Provou-se que não é necessário vencer qualquer troféu colectivo para vencer a Bola de Ouro o que incomodou visivelmente Platini.
Ribery, Ronaldo e Messi, os três candidatos ao troféu de 2013
A justiça na atribuição do prémio é indiscutível. Ronaldo foi o melhor jogador de 2013, recebeu a Bola de Ouro e esta atribuição peca apenas por tardia. Cristiano Ronaldo consegue assim a sua segunda Bola de Ouro, a quarta para o futebol português, o que não deixa de ser um feito notável para um país tão pequeno. Parabéns, Ronaldo!
Ronaldo, emocionado, recebe o prémio

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