|
A Bola de Ouro, prémio máximo para um jogador de futebol |
Muito se tem falado, nos últimos meses, acerca da atribuição do prémio da
Bola de Ouro, referente ao melhor jogador a nível mundial, de 2013. A razão é
simples. Este prémio, o de maior prestigio a nível individual do futebol
mundial, tem sido alvo de alguma polémica nos últimos anos, quase sempre
referente à atribuição sucessiva ao argentino Messi, com o português Cristiano
Ronaldo a ficar sucessivamente em segundo lugar. A verdade é que a discussão
teria sempre de ser relativa a estes dois jogadores, ambos num nível
estratosférico quando comparados com qualquer outro jogador actual. A
atribuição ao argentino tem sido indiscutível em algumas edições do troféu mas
nem sempre. Existiram edições em que Ronaldo parecia ser o favorito mas viu o
prémio fugir, sempre para Messi. Isso chegou mesmo a gerar desconforto no
capitão da selecção nacional, algo revelado publicamente pelo mesmo. Mas a
edição de 2013 seria um pouco diferente das anteriores. 2013 não foi um grande
ano para Messi. É verdade que o seu Barcelona venceu o campeonato espanhol e
que o astro argentino até foi o melhor marcador do campeonato espanhol de 2012/2013
mas a Bola de Ouro não é referente a épocas futebolisticas mas sim a anos civis
e, considerando apenas o ano de 2013, Messi apresentou-se a nível inferior ao
que tinha habituado os fãs de futebol e viu Cristiano Ronaldo ultrapassar-lhe
em praticamente todos os registos individuais. Estava visto que seria o ano de
Ronaldo. Mas a discussão acabou alargado a um terceiro elemento, o francês
Franck Ribery, estrela maior de um Bayern de Munique que venceu tudo o que
havia para vencer, impressionando de forma particular com o seu desempenho na
Champions League, prova raínha de clubes. O francês recebeu o apoio de diversas
personalidades, das quais se destaca o presidente da UEFA, o também francês Michel
Platini e chegou a ser visto como grande favorito, capaz de quebrar a discussão
Ronaldo/Messi para o troféu. Mas a votação da Bola de Ouro não é efectuada pela
UEFA nem pela FIFA. Os votos para a atribuição do prémio vêm de outro lado.
Cada país filiado no organismo que gere o futebol mundial tem direito a 3
participações, cada uma distribuindo um total de 9 pontos, 5 para o primeiro
classificado, 3 para o segundo e 1 para o terceiro. Essas participações são
feitas pelo capitão da selecção de cada país, pelo seu seleccionador nacional e
por um jornalista acreditado para o efeito. A votação foi feita, os votos foram
contabilizados e a Bola de Ouro de 2013 foi atribuida a Cristiano Ronaldo, com
27,99% dos votos. Messi, com 24,72% acabou por ficar em segundo lugar e Ribery
em terceiro, com 23,36%, não tendo conseguido intrometer-se na luta titânica
entre os dois melhores jogadores mundiais dos últimos 7 anos. Mas um outro Tabu
foi quebrado. Provou-se que não é necessário vencer qualquer troféu colectivo
para vencer a Bola de Ouro o que incomodou visivelmente Platini.
|
Ribery, Ronaldo e Messi, os três candidatos ao troféu de 2013 |
A justiça na atribuição do prémio é indiscutível. Ronaldo foi o melhor jogador
de 2013, recebeu a Bola de Ouro e esta atribuição peca apenas por tardia.
Cristiano Ronaldo consegue assim a sua segunda Bola de Ouro, a quarta para o
futebol português, o que não deixa de ser um feito notável para um país tão
pequeno. Parabéns, Ronaldo!
|
Ronaldo, emocionado, recebe o prémio |
Sem comentários:
Enviar um comentário